sábado, 20 de novembro de 2010

ÉRAMOS QUANTOS MESMO?????????

O ponto de Cultura CASCUDO :Canta Lá que eu Conto Cá ,através da TROTAMUNDOS Cia de Artes,iniciou um processo de formação com o grupo de teatro Éramos Cinco,da cidade de Montanhas,a intenção é a partir de registros feitos pelo ponto , de contos populares,se montar um espetáculo que utilize as várias possibilidades da contação de histórias.O Projeto terá continuidade em Janeiro de 2011,com uma imersão no universo do teatro popular e da oralidade.
Esse processo é um desdobramento do projeto original do ponto que tem como objetivo registrar marcas da oralidade potiguar,é uma fusão com a pesquisa estética-cênica da TROTAMUNDOS,que há dez anos visita a Contação de histórias como uma possibilidade de nova dramaturgia.
Sejam Bem Vindos meninos das Montanhas...Venham com sua verve,com sua paixão e com sua disposição...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cine Queimadas...

O Cine Queimadas,funciona em Montanhas a 95 Km de Natal,projeto criado pela TROTAMUNDOS Cia. de Artes,através do Ponto de Cultura CASCUDO:Canta Lá que Eu Conto Cá em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montanhas,teve início em Julho deste ano e de lá pra cá tem atraído muitos espectadores as sessões que acontecem sempre as quartas -feiras no auditório do Sindicato,pontualmente as 19 horas.Recentemente,em Outubro,iniciamos também as sessões infantis que ainda está no início,mas que promete o mesmo sucesso que as sessões das quartas.
Além do Cine ,o Ponto de Cultura está desenvolvendo uma oficina de teatro com grupos da cidade,na perspectiva de formar e qualificar jovens e adultos que já desenvolvem alguns projetos na área de teatro,oe responsáveis por essa atividade são Beto Vieira e Anna Celina,as oficinas também acontecem no auditório do Sindicato.

sábado, 23 de outubro de 2010

Compartilhando Histórias...

Essa história me chegou as mãos através da sua autora a jornalista e mãe Betânia Monteiro, uma singela e emocionante declaração de amor...Boa Leitura...

Cada casa é um caso

– Mãe, que dia é hoje? – pergunta Brunna, ainda sob o cortinado.

– O da casa da vovó.

– O das bonecas grandes, da televisão, dos desenhos animados, do feijão gostoso e da pracinha... – completa a menina. E se vai.

Depois da escola, na casa da vovó, Brunna se diverte até chegarem juntos o sono e o sonho. A mesma pergunta desenlaça o dia.

– Mas que dia é hoje, vó?

– Quarta, Brunninha.

– Quarta da casa de quem?

– Quarta do papai.

– Ah... das mordidinhas nos meus pés, das coceguinhas no pescoço e também da Educação Física na escola! – lembra animada.

Na casa do pai, depois da escola, Brunna se despede do dia recebendo beijinhos e afagos. De olhos fechados, brinca de estar em todos os lugares, até que o sono chega e a leva para viver os sonhos. Ele também, o sono, uma hora se despede:

– Até a próxima noite, ou quem sabe até depois do almoço... – e some.

– Mas não sei em que lugar eu vou estar! – responde Brunna, já muito acordada para quem quer falar ao sono.

A menina, ainda assustada, olha para os lados, tentando reconhecer o quarto.

– O som da manhã é sempre igual aqui com o papai – pensa. E sorri. – Acho que hoje é o dia da casa da mamãe, não é, papai?

– Sim, Brunninha, e também de abraços apertados, joguinhos, e de muitas histórias, responde o pai aproximando-se do quarto.

– Sim, é sim! E é também o dia da fruta lá na escola!

Depois do almoço na casa da mamãe, ainda na cadeira da cozinha, sente o sono chegar. Ele pega em suas mãos e a leva para brincar.

– Você me achou! – fala, com surpresa.

E o sono explica:

– Mas vamos brincar só um pouco, para não gastarmos o tempo da noite.

– Sono, responda-me. Como você pode me encontrar? Estou sempre numa cama diferente, e às vezes numa cadeira. Minhas camisolas nem se parecem. Como você sabe que eu sou eu?

O sono fica leve e responde:

– Reconheço você em qualquer lugar. Casas, camas, brinquedos, companhias diferentes. Isto é o que menos importa. Quando os seus olhos curiosos ficam distantes, pesados, escapa um sorrisinho cansado... Aí eu digo, “Brunna, vamos brincar!”

As últimas palavras do sono despertam Brunna, não mais na cadeira. Na cama, em seu quarto. Olha em volta, vê uma porção de livros e histórias diferentes.

– Cada livro tem um conto, cada casa tem um canto – fala Brunna, brincando com as palavras.

A mãe, que vinha chegando, completa:

– Cada menina tem um encanto, não importa o lugar.

sábado, 31 de julho de 2010

Sobre o Ponto


"Trago fios,

Teço tramas,

Conto meu canto ,

Pros senhores e pras damas..."

(Mulheres Tecelãs)


O Ato de contar histórias acompanha o ser humano desde os tempos ancestrais, cmo forma de repassar situações ocorridas,tradições e conhecimentos.

Fazer um inventário da Oralidade Potiguar através dos contos,mitos,lendas parlendas,brinquedos e tudo mais que complementar o universo da Literatura Oral do RN a luz da obra de Câmara Cascudo é a propoeta do Ponto de Cultura CASCUDO:Canta Lá que eu Conto Cá.Partindo da escuta e recolha dos elementos em municípios do estado,restaurando a temática da Literatura Oral,enfantizando sua importância e valor no que se refere ao estudo e entendimento da mentalidade popular,apontando também,para algumas questões que estarão presentes como as contraposições entre:Regional - Universal,Elite Letrada - Povo;assim como a influência das três raças(portugueses,africanos e índios)na formação cultural brasileira.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010